domingo, 15 de agosto de 2010

acende a luz. Eu levanto e apago. Eis que as cortinas se abrem e a platéia congelou naquela diagonal infindável, eram piqués en dehors, en dedans, en dehors.. Você quis entender, encostada na parede do proscênio, sobre a tontura. Não fiquei. Não importa a quantidade de informações que aconteçam. Não importa a cor do cenário, aplausos. Não importam os canhões de luz desviando o caminho. Não importam os gritos. Acaba num balance em attitude. Estático. Quis falar grego, mesmo. Abro a porta e aí sim, fim. Deito, cheiro, vejo, toco e num risinho equilibrado, sutil, calado, durmo. E aí que você entra, balança as cortinas, bate os armários. Durmo. Se joga na cama, segura o lençol com toda a propriedade que tem, que eu te dei. E durmo. E como se já não bastasse me gira cento e oitenta graus pra direita, trezentos e vinte pra esquerda. Não, nada sobre tontura.Te ensino um dia como é: pra girar, é só escolher um ponto e marcar a cabeça.

E aí que você segura a porta em despedida com toda a força que tem.. e acende a luz. Eu levanto e apago.

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