quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A onda ainda quebra na praia. Espumas se misturam com o vento. No dia em que ocê foi embora eu fiquei sentindo saudades do que não foi, lembrando até do que eu não vivi, pensando nós dois. Eu lembro a concha em seu ouvido, trazendo o barulho do mar na areia. No dia em que ocê foi embora eu fiquei sozinho olhando o sol morrer, por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois. Os edifícios abandonados, as estradas sem ninguém, óleo queimado, as vigas na areia, a lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos, por entre os dedos da minha mão, passaram certezas e dúvidas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Porque tu não colocaste os créditos do Lenine?

Helena Chermont disse...

Por que tu não assinaste o comentário? :)