quinta-feira, 23 de abril de 2009

não per missão,

Estranho perceber o quanto algumas coisas podem ser tão efêmeras enquanto que outras podem ser tão eternas, esse mix que o tempo prega as vezes confunde, entristece, alegra, acelera, apaixona. Admiro mesmo quem é capaz de doar-se com honestidade a vida, sem fazer farsas pequenas, mesmo que os imparcialmente doados sejam aqueles que mais sofrem e que mais estejam expostos à possíveis tapas, que só servem pra uma coisa diga-se de passagem, pra te acordar em relação as pessoas.
Mais estranho ainda perceber as diferenças entre as personalidades, tenho pessoas tão frias quanto um iceberg e tão quentes quanto uma chama misturadas aqui mesmo, na minha vida. Tenho pessoas que foram capazes de mostrar tudo o que são em cinco minutos, pessoas que mostraram metade de si em um ano e certamente milhões de outras que nada mostrariam mesmo que tivessem a eternidade, são esses milhões que me divertem. Tem paixões que acabam e deixam uma ponta de saudades e amores infinitos que findam sem nada deixar. O melhor de tudo é pensar que o tempo não volta, porque aí sim reconhecemos as pessoas que sabem corrigir-se em um futuro e as que só ouvem a própria voz. O bom de viver é saber que as coisas passam independente de passarem junto a ti ou não e que passam da forma que você as construiu. O bom de sentir é saber que, de alguma forma, estamos entregues a outros que conseguiram algo de nós mesmos, de quem somos, realmente. O bom de acabar é duvidoso, mas o bom do fim, propriamente dito, é saber que ele abre espaço para um novo começo do seu jeito, mesmo que fiquem saudades, amores antigos, mesmo que fiquem rosas ainda vivas no quarto, fotos, cartões perfumados, mesmo que fiquem rostos turvos e confusos na mente e mesmo que sentimentos se vão e fiquem vontades não descobertas.

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