quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pra me salvar de mim

Corria no escuro pra salvar-se de qualquer intensidade, pegou quatro pedras e jogou no lago. Amor? Você não sempre compreendeu bem minhas metáforas? Já acabou a força. Não me compadeço do seu arrependimento porque ele não dura o tempo suficiente de a última pedra submergir. Eu só queria que fosse tão fácil passar por essa aguaceira toda sem se molhar. E que menos sinestésico fosse lembrar dos teus pobres olhos. Podres, contaminados. Te jogo um lenço, um colírio, pra que você possa enxergar e... Veja... Você será ótima de ontem em diante, já que foi o fim da corda bamba. Eu assisti de baixo e você quase me enganou, malabarista. Mas que bom, acabou, tenha calma. Cair na água deve doer menos. Pra você.

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