A pura realidade é que eu não sei se já fui com um olhar negativo, apesar dele ter tropeçado na adoração quando vi que Polanski escolheu Desplat pra trilha sonora, logo pensei "É AGORA! Não tem como dar errado". Júlia Lemmertz e Kate Winslet, olha... foi pário duro e isso é bom, porque nos faz dar valor a atuação nacional, Deborah Evelyn perdeu de lavada pra Jodie Foster, é claro. Mas, como eu havia dito, não adianta... Não sou conivente com os diretores que eu gosto, foi sim cansativo. Tenho gente na minha timeline que certamente chamaria Carnage de um filme maravilhosamente brilhante por ter um dedo europeu, ou franco-polonês, especificamente. Olha, não sei ser assim. War Horse, por exemplo, assisti um dia desses, é hollywoodianamente belo e não seria genial se a produção tivesse uma mão de outra nacionalidade. Apenas não seria, como Carnage não foi.
Mas vamos lá, o texto tem pontos altíssimos, citações boníssimas, afinal de contas ninguém que trabalhou ali é desprovido de conhecimento, todo mundo sabe disso. Como eu disse antes, Yasmina Reza redigiu uma comédia francesa, pra que forçar a barra? Essas duas palavrinhas são condicionais e às vezes até demais, como é o caso. Mas é sempre bom ver a coisa sob outra ótica, o que me fez prestar atenção que ter me rendido antes à crítica 'tabloidiana' da maravilha que foi a mesa de lego como cenário da produção teatral brasileira teria 'pegado mal'. A personagem que Yasmina quis passar NUNCA teria uma mesa de lego na sala, Polanski notou isso, é claro. Se quisesse tornar a coisa mais brasileira que colocasse uma mesa de mogno, sei lá! Bom, a gente nunca sabe como o diretor vê a coisa ficar mais divertida. Como eu disse antes, um curta ou média-metragem teria caído bem.
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