quinta-feira, 31 de julho de 2008

Colo rir


Me explique a diferença entre as cores do homem, entre suas formas de amar, entre as raças inclusas nos conceitos de diferenciação. Explique a condenação de um relacionamento homossexual se nele houver respeito e amor verdadeiro, explique o que tem no negro que não tem no branco e o que tem no branco que não tem no negro. Defina beleza, fácil? Agora defina felicidade, deveria ser mais fácil ainda se o homem fosse tão racional na prática quanto - supostamente - é na teoria. O mundo precisa de cor, compartilhar da mesma dor da exclusão racial, sexual, social, do mesmo preconceito, amar as diferenças tanto quanto se identifica com as semelhanças entre si. Abra a cabeça pra que possamos colorir, respeitar, experimentar. O homem nasceu para a liberdade e é a única espécie que pode criar uma geração de amor real.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

versão certos versos sérios versinhos


Eu quis te amar, amor, mais do que pude,
mais que a dor e a cor de cada instante
mas que o fácil venha, e que virtude
além da luta e força em mim restante.

terça-feira, 1 de julho de 2008

alô alô Brasil, alô alô América Latina, alô alô Mundo, o assunto é cinema.

Não é que algumas pessoas tenham sido criadas com a intenção de romper com as irregularidades políticas ou ideológicas vigentes, na realidade algumas pessoas notam que alguém tem que fazer o mínimo que se faz necessário pra melhorar, nem que seja um pouquinho, aquilo que não concorda com o mundo. Na passagem dos anos 50 para 60 uma séria de jovens propôs um cinema novo, um cinema que fosse pras ruas e que estivesse perto da sociedade brasileira renovando as formas de linguagem e estética cultural do país. Os jovens saudados pelo jornalista Glauber Rocha se encontram na Bahia e compartilham de sensibilidades semelhantes perante a experiência artística, surge então um novo legado de cineastas e longas-metragens, mas é em 1964 no festival de Cannes que o Cinema Novo toma novas proporções marcando o cinema brasileiro com Deus e o Diabo na Terra do Sol. A ditadura, como sempre, fazia com que os assuntos efervecentes fossem amenizados e discutidos com cautela por quem vivia do gritar de uma sociedade em processo de mudança. Aprendi que o cinema é uma indústria, mesmo indo contra ela.