domingo, 31 de outubro de 2010

Tap Americano

Som: http://www.youtube.com/watch?v=lSKc6wPfmls
Foto: Andrew Liebmann

sábado, 30 de outubro de 2010

Era tanta saudade. É pra matar. Eu fiquei até doente. 
Eu fiquei até doente, menina. 
Se eu não mato a saudade. É, deixa estar. A saudade mata a gente.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Terminei de ver Educação, estava lendo umas críticas e caí aqui: Mao's Last Dancer. Lembrei que não escrevi nada a respeito. Sempre tenho essa coisa de eleger o filme do ano. To em dúvida ainda, o ano não acabou, mas vou deixar esse aqui como um dos mais cotados. Cunxin Li, Jan Sardi e Bruce Baresford, valeu ein.. e olha que pra eu chorar vendo filme é uma luta.

sábado, 23 de outubro de 2010

O que era um filme posado? Era ficcional. E o casado era um documentário que a pessoa fazia e tentava vender para a pessoa que lhe tinha documentado. Havia casos em que era os dois, na época. É um trabalho histórico. "Pagu tinha os olhos moles". Fazer o quê? Senta e espera, Pagu. "Pagu plantava paciência, só não colhia. Mas que plantava, plantava". Agora as coisas nem são assim. Agora tem tudo de drama, ficção, romance, aventura. Agora tô até meio western, meio bang-bang, meio Norte-América, meio Kevin Costner. A gente nunca sabe o que esperar. Dou um tiro e enfio o pé na porta, 'dale' que vou entrando. Cuidado quem está por trás. Depois meio pornô, meio lá e cá, meio depravado. O que custa? É sábado. Te dou um controle agora, daqueles que só eu tenho, daqueles que você usa pra decidir o gênero. Foward.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.

Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça.

Alice:

“What does it matter that love is lost? Love is a song that trembles in the air and is caught by another. Love is a sweet melody that haunts those that like your singing. Let it go, and it will come again in another form. If you don’t let it go, it will never return, for a vessel that is full can never be filled. But a vessel that is empty can be filled with a rich new wine that you have never tasted before. And the new wine doesn’t destroy the memory of the old, but enriches your palate and your sense of having lived much. Unused palates don’t know good wine from bad.” (Ben Okri)
 
Dá pra ser mais Lua em Libra do que isso?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sleeping Beauty

Theatro da Paz - Belém PA
Datas:  16, 17, 18 e 19/12 (Sessões: 17h e 20h)

domingo, 17 de outubro de 2010

Tal Ben Ari é uma musicista - cantora e compositora - nativa de Tel Aviv (Israel). Residente de Barcelona, Tula, fez parte de alguns grupos, colaborou com artistas e participou de shows, como por exempo com Gema 4, capella Cuban quartet, etc. Consolidou uma forte carreira nos teatros da Espanha.

Eis a voz de arrepiar, vale conhecer:
 http://vimeo.com/4320320

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Playing for Change | Peace Through Music



Movimento criado para transpor as barreiras econômicas, políticas, geográficas, sociais e musicais. 
Com a intenção de expandir o poder da musica e diminuir as barreiras entre os homens, o projeto criou fundação própria em 2007 e hoje vem sendo desenvolvido por músicos ao redor do mundo interessados em eventos beneficentes, em conscientização musical e cultral em escolas de arte, etc. Reunindo e tocando. Tocando e unindo. Qualquer um pode agregar-se ao projeto Playing for Change e fazer parte do que ele tem de mais peculiar. Agregar através da música.

Vale mesmo a pena conhecer: http://www.playingforchange.com/blog

sábado, 9 de outubro de 2010

Acho o Círio uma ocasião sensacional pra mostrar o que Belém tem de melhor. É louvável (exatamente essa a palavra) perceber que de doze anos pra cá o turismo foi alvo de investimento do governo e a cidade, de fato, ficou mais bonita. Leia-se Estação das Docas, Onze Janelas, Mangal das Garças, etc. Mas e aí o trânsito? Belém tem suas qualidades ressaltadas, outubro chama turistas e o trânsito continua sem um bom planejamento. Não existe 14 de março, a 9 de Janeiro fica um caos completo porque precisa compensar a lotação da 14. A Alcindo Cacela virou a via dos 'desistentes': não vou mais a doca, o trânsito está caótico.. ok.. volto pela Alcindo! Entre outras situações que também contribuem pra ela estar normalmente crowded. Consequentemente a Governador José Malcher, que já é por si só uma via movimentada, fica três vezes pior. A Nazaré então... não vou nem comentar. O trânsito de Belém já para normalmente, já tem suas mazelas, não flui em algumas vias. Imaginem só como está agora. Estou quase acatando sugestões familiares de sair de bicicleta.

Mas aí tem os assaltos.. ah.. fica pro próximo.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

All the stars may shine bright
All the clouds may be white
But when you smile
Oh how i feel so good
That i can hardly wait
To hold you
Enfold you
Never enough

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sempre dói mais ter algo e perdê-lo do que não ter aquilo desde o começo.


Ponte Aérea

Uma surpresa e tanto. Bar. Um bilhão de palavras. "Tem coisas que merecem destinatário e remetente e tem coisas que não merecem". Como esquecer. Festival de cinema. Voz. RJ. Praia. Cerveja."Você confiará em mim e eu confiarei em você".


01h02min


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Já posso voltar?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

La flor de mi secreto

  Quando termina uma temporada de espetáculo e etc sempre venho pra cá com a cabeça fervilhando. Reclamo horrores dessa vida dupla, me prejudico um bocado nos mais variados aspectos e quando termina, a primeira coisa em que penso é "puts, chegou a hora de resolver tudo o que ficou pendente". Ninguém disse que eu era boa com prioridades. Vou dando um jeito aqui e ali, tentando resolver tudo ao mesmo tempo e quando acaba to com um sorriso de orelha a orelha. No fim, tudo compensa. Essa vida é toda cheia relatividade mesmo. Organizar as coisas na cabeça é a alma do negócio: lá vou eu e o simplismo again. Às vezes penso demais (às vezes de menos, vale considerar). Nessa onda de picos e depressões as coisas vão acontecendo e acho, sim, que da melhor maneira.
  Nunca tive problemas demais pra colocar as coisas em ordem. E talvez minha bagunça pessoal não reflita muito isso (confesso que olhei pra cima da cama nesse minuto e soltei uma risadinha). Minha cabeça é tão funcional  em alguns casos que às vezes tenho medo. Veja bem, funcional e superficial são coisas diferentes. É só como se não tivessem milhões de roupas sobre a cama, milhões de sapatilhas espalhadas pelo chão,  revistas empilhadas, umas três havaianas sob a escrivaninha, uns dois livros sobre. Acho que eu, de fato, transfiro toda bagunça pro externo, enquanto o resto fica bem tranquilo. Até queria ter ataques de nervos de vez em quando, mas quando não me permito, não tem quem faça. "Não sou cinematográfica". Nossa, não mesmo. Não transformo nada em espetáculo. Talvez porque já tenha que lidar com tantos ou talvez porque entenda que pouquíssimas ocasiões mereçam os meus. If I could, I'd make your trunk. If I could, I'd keep you safe.
  O melhor de tudo é sentir esse vento entre meu cabelo e minha orelha e pensar 'problems solved' (?). Consensualismo é isso. Aquela velha história. Acertei os ponteiros numa noite boa, numa ocasião não planejada... num colo... e depois disso, eles giraram cada vez mais rápido, sem parar e em sentidos contrários. Que trabalho consertar essa engrenagem.. confesso que  gastei meu tempo pensando nessa solução e... sendo bem sincera? Precisaria de uma maozinha. Logo, nada que um sorriso, um abraço e uma mesa (entre)  não resolvam enquanto a exaustão não chega. I feel lighter. Essa é minha maneira já que não posso por a mão na chave e apertar os parafusos. 


  

sábado, 2 de outubro de 2010

Pior é que o discurso é irreversível. A gente não desdiz depois que disse. Eu falo muito, te escrevo até demais. Esse negócio do sujeito ficar fazendo laço com o outro. Já fiz uma bola de fios e me perdi, me enrolei. Me prendi. (...) Perdi o hábito de te escrever por vários motivos. Arrisco dizer até que perdi o tesão. Aliás, não devo ter perdido não, porque aqui estou eu. Sujeito na psicanálise que sempre se repete. Desconhecida.. querida, li num quadro de Duke Lee, aquele pintor que te falei - "A justa medida é a mensagem". Será?

Não temo o novo.
Esses malditos correios também não ajudam nada.
Carmen foi a última e mais famosa ópera de Bizet. Capaz de revelar toda a rebeldia, sensualidade e fortaleza concernente a figura da mulher, é uma peça de autoria compartilhada, cujo libreto é de Henri Meilhac e Ludovic Halévy. 
Enigmáticos, os personagens interpretam o enredo baseado na novela homônima de Prosper Mérimée. Carmen, a cigana, utiliza o mais erótico de sua feminilidade pra enfeitiçar todos aqueles que cruzam seu caminho. Don José, é um destes homens que, perdido de amor, perde-se também na vida, afastando o homem decente que se refletia na sua posição de Cabo do Exército.
Dale, Cuervo, Tequila, Maldito, Pinga. Anda! As facas, os tapas e os corpos vão voar.

O amor é filho da boemia
Ele nunca jamais conheceu leis
Se você não me ama, eu te amo
Se eu te amo, tome cuidado
Carmen, de Bizet.
Theatro da Paz - Belém PA
Montagem: Humberto Teixeira (professor e bailarino do Sesi Minas. Em seguida, permaneceu por dois anos na Companhia Brasileira de Dança do Rio de Janeiro. Foi bailarino da El Paso Cia de Dança, no Rio, onde trabalhou com os renomados professores Sérgio Lobato e Angélica Fiorani. Em 2006, partiu para a carreira internacional. Integrou a Columbia Classical Ballet, South Caroline, nos Estados Unidos, como primeiro bailarino. Até o ano passado atuou como bailarino e coreógrafo da Badisches Staatstheater Karlsruhe, Germany. O professor também foi o vencedor do prêmio Walter-Fink, Alemanha, como o melhor projeto de 2009).