quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2018

Não importa o que você pretende daqui a cinco anos, o que você optou por fazer da sua vida, se sua camisa está ou não suja, se você quer dançar balé, fazer concurso ou qualquer outra coisa na vida. Se você ganha um salário mínimo ou 24 mil mais benefícios, se você é ou não apaixonada pelo que faz. Ninguém tem nada a ver com a sua vida, nem se você é ou não homossexual, se você faltou ou não as duas últimas semanas de emprego, não importa o que as pessoas falaram de você no último mês. O que importa é você pontuar um foco e fazer bem aquilo que lhe foi designado, seja lá o que você estiver fazendo.

Estarei sempre com você.

domingo, 28 de agosto de 2011

"Foda-se mesmo", não é?

ED de Psi

Como começou meu Estudo Dirigido de Psicologia Jurídica:



"A psicologia nunca 
poderá dizer a verdade sobre a loucura, 
pois é a loucura que detém a verdade 
da psicologia."
(Michel Foucault).





Não sou muito sã pra isso, não?

sábado, 27 de agosto de 2011

Drummond é bom, mas tem final melhor sempre no meio.


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

1/3 cancer's _ _ _ _ _ w/ ole.

If you need something, i can bring to you. Just call me, I can even go to see you to read a book if you want.
Tem horas que se você não pensa dois anos à frente, passa dois anos no mesmo lugar.

domingo, 14 de agosto de 2011

Take, is just a napkin.

It is really hard to me figure it out... the last time a saw your blue eyes was crying on a wet day, our last day. I'm not thinking about loose you, but i wont say that i'm not afraid of. I can remember that times you were fuckin' awesome, that times you made me stop crying and that ones you just gave me good nights. I will always remember that taxi we got home when you said me: 'You are this transparent and reliable person, loose you is a bullshit, think about it'. Now I know, that reliable and transparent person is you, and I just don't wanna be out of this friendship. Cheers to "cancer"! Cheers to this brilliant person you are. 

Salut, mon amie. Revenir bientôt.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pra me salvar de mim

Corria no escuro pra salvar-se de qualquer intensidade, pegou quatro pedras e jogou no lago. Amor? Você não sempre compreendeu bem minhas metáforas? Já acabou a força. Não me compadeço do seu arrependimento porque ele não dura o tempo suficiente de a última pedra submergir. Eu só queria que fosse tão fácil passar por essa aguaceira toda sem se molhar. E que menos sinestésico fosse lembrar dos teus pobres olhos. Podres, contaminados. Te jogo um lenço, um colírio, pra que você possa enxergar e... Veja... Você será ótima de ontem em diante, já que foi o fim da corda bamba. Eu assisti de baixo e você quase me enganou, malabarista. Mas que bom, acabou, tenha calma. Cair na água deve doer menos. Pra você.

Já dizia Caio

Não tenha medo, vai passar. Não tenha medo, menino. 
Você vai encontrar um jeito certo, embora não exista o jeito certo. 
Mas você vai encontrar o seu jeito, e é ele que importa
Se você souber segurar, pode até ser bonito.

domingo, 7 de agosto de 2011

Trilha do Morro Dois Irmãos

Saí às onze e cheguei pouco antes das oito e quinze. Subi 600 metros acima do nível do solo, aproximadamente 200 metros acima do nível das nuvens e fiz isso com as próprias pernas, sem cordas. A trilha do Morro Dois Irmãos, pra mim, começou na Av. das Américas, na entrada do Vidigal, no Leblon. Onde cortei as curvas da favela na garupa de um moto-taxista calado que me deixou na subida da ladeira pra entrada da mata.

A parte dois começa quando vamos mata adentro por uma ''passarela'' de concreto de menos de trinta centímetros de largura e sem corrimão. Olhando pra baixo, de um lado você vê construções e do outro vegetação. Destaco que a passarela não é própria pra trilha, mas parte de uma das construções residenciais dos arredores. Ela é íngrime - mais ou menos - 27 graus ou quase 30, faz uma curva e esse é o primeiro momento em que você pensa que um tropeço ou ''olhadinha pra baixo'' pode custar muito caro nas próximas horas. É importante não perder o foco em nenhum segundo.

São 3 pontos de parada com vista até chegar no topo. São 600 metros em que você precisa controlar os batimentos cardíacos pra não cansar demais no meio. E foram 600 metros em que eu desejei uma bota de cano curto (que eu vou comprar essa semana) e uma calça até o tornozelo por causa da vegetação fechada. Tem uma das três subidas, acho que a segunda, que tem pedras muito lisas, você precisa ajudar com as mãos. Eu cortei o dedo num galho por isso e a canela por causa da brilhante ideia de ir de short. Há um momento da terceira subida em que tem pedras muito estreitas alternadas (direita - esquerda). Bom, esse é aquele ponto em que você espera nunca chegar na hora de descer........

Nada compra ter sua segurança dependendo de você por alguns instantes, nem a gratidão posterior por  sanidade e autocontrole. É o mesmo que ter a vida nas mãos e precisar usar a cabeça pra mantê-la fora de risco. Inteligência é mais importante que força, mas não vou negar que preparo físico é tão necessário quanto confiança. É fascinante pisar sobre as nuvens, estar próximo a lua, sentir cheiro de boldo e madeira. Poder se ver na mesma linha de altura do Cristo Redentor, não tão distante do topo da Pedra da Gávea. É inacreditável ver a lagoa em um buraco nas nuvens e as ondas quebrando desde o início e quase tão lentamente quanto o olhar que você destina a todos os pontos da paisagem.

É aquele momento em que você fecha os dedos com toda força que tem e respira a todo pulmão o que sobrou do céu, que daqui não se vê.

sábado, 6 de agosto de 2011

Tião e a ofiofilia.

Levantamos deveras cedo e fomos aos vinhedos que, perto do campo de amoras, rodeia tua blusa azul celeste. Celestial, era tudo o que eu queria acreditar. Mas fui surpreendida, abordada pelas três amas morenas de Copacabana que não mediram a força pra puxar o copo que eu segurava. Dentro tinham as uvas que eu queria que tu cheirasses, as uvas tórridas de lágrimas que chorei mais cedo. Parece que me quero num verbo pronominal, mas a verdade é que te quero desamarrando as blusas azuis-atlântico do varal, colocando num cesto e levando embora. Em boa hora.

Eu então, no fim da manhã, vi o sol entre a chama que acendia meu cigarro. Fiz questão de aspirar bem fundo o cheiro daquela lama molhada que pintava até o meio, minhas botas. Segurei bem firme a rédea pra que Tião, teu cavalo, não fugisse. Dei a ele um pedaço de capim e então um tapa nas ancas e ele galopou. Quando vi Tião longe uns dez metros vi a cobra que o fez cair mais tarde. Ele era bom, mas pra que mais um cavalo na areia?

Meu Liev rompeu pra perto da cobra e num ato de coragem ergueu as patas da frente e com todo seu peso craqueou sua cabeça. Bravo Liev. Como aquela única estrela que mais brilha toda noite, pra lá você levou as blusas. Pra onde foi a cobra e pra onde correu Tião. E aí que Liev volta com o peito robusto, a crina dourada e as patas embebidas de sangue e veneno. Fomos para o lago, lavei-lhe as patas, dei-lhe água, a cela velha e a montaria. De cima de Liev o vento corta meus cabelos. E assim seguimos sob o calor das duas da tarde, daquele agosto pavoroso, direto para o estábulo, onde os ofídios não adentrariam e onde eu ouviria o som do mato dando recados. Villa-Lobos é o que eu ouço. Bachianas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A preço de banana

0,75 centavos. Blog anexo.
Sabonete >> lixo.