sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Y Generation

Não sou a favor da constante 'americanização' dos termos, mas em se tratando de Geração Y, o tema pede. Antes de qualquer coisa, preciso explicar que a Geração Y nasce entre 78 e 90 com o advento da internet, e, de maneira cafona, são nomeados de "os filhos do milênio". Quanto a 'americanização', bom... é evidente que esses termos refletem uma realidade norte americana ao considerar a Geração Y como prole da Geração X - nascida pós-segunda guerra mundial e após os baby booms, mais ou menos entre 45 e 55 - que na década de 60 e 70 procurou hastear bandeiras de revolução. Essa questão histórica é que puxa o conceito pro lado estadunidense.
Na verdade, a geração Y é constituída pelos jovens de 18, 19, 20 anos que estão e estarão compondo o mercado deste e dos próximos anos. A peculiaridade destes jovens é que possuem um valor moral mais sólido e uma consciência ambiental formada. Porém, os 'ipsilons' são extremamente silenciosos. Sua revolução não virá de bandeiras, de cavalos brancos ou de espadas. Virá do que eu chamei de 'síndrome do umbiguismo'. Egoístas e preocupados com a autorrealização, esses jovens procuram chegar o mais alto possível em suas respectivas carreiras. O melhor é que esse novo egoísmo não virá de uma forma prejudicial.
Libertários, distraídos, acomodados, afobados. São só alguns adjetivos dos novos revolucionários perante a sociedade. Os carcerários do meio informacional - eu mesma tenho minhas próprias cafonisses - são acostumados a vivenciar o tempo digital. O tempo célere que permite o acontecimento de 30 coisas simultaneamente e mais, o culto a ideia de que essas 30 coisas merecem a ótica da humanidade. Acostumados com com a celeridade, os 'ipsilons', ao adentrar o mercado de trabalho, farão questão que tudo aconteça depressa: promoções de cargo, bons salários, etc. Segundo Mirian Korn, "quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente", logo, age de maneira diferente. Sempre focando na ascensão e priorizando a realização de inúmeras tarefas.
Particularmente, seria bom se esse revolucionarismo fosse uma concepção majoritária, generalizada. Talvez, assim a geração tivesse mais força, apesar do subjetivismo da qual ela depende. Isso também não é um ponto lá muito bom. Cada ser humano é de um jeito, possui uma concepção, uma maneira de agir, possui uma força particular na perseguição de seus objetivos. Logo, qual a certeza dessa revolução silenciosa? Qual a certeza de seu sucesso? Ela não pode ter um cunho de 'revolução individualista' mais forte do que algo capaz de abalar, de fato, uma sociedade inteira?
Pra finalizar, eu gostaria de destacar que a maioria dos leitores desse post, com certeza, estão incluídos na Geração Y - na prática ou na teoria, apenas -. Se é o seu caso, não se acanhe por ser um revolucionário silencioso, orgulhe-se sem esquecer dos valores morais anteriormente destacados e da consciência ambiental da nova era. Um abraço aos multitarefas que cultuam a celeridade dos resultados e a constância dos desafios.

(Gente, o marcador do post é 'sob medida' pois foi um pedido realizado no meu formspring. Se houver mais pedidos irei incluí-los com esta marcação.)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

524 receitas em 365 dias. Lugar de mulher é na cozinha.

Hoje assisti ao filme Julia and Julie, a partir do qual Meryl Streep recebeu, merecidamente, mais uma indicação ao oscar. Segundo às críticas, a atriz foi a perfeita intérprete de Julia Child. Uma mulher fantástica que adentrou à cozinha por pura falta do que fazer, buscando ocupar o tempo livre e consagrou-se um grande nome da gastronomia. Teve o privilégio de ter um livro seu publicado em inglês sobre a culinária francesa. Julia motivou-se pela súbita viagem à França sem muito saber sobre o idioma e pela sua paixão por 'comer' - como ela mesmo dizia ao marido - para posteriormente revelar-se habilidosa à frente do fogão e a primeira mulher a escrever sobre a culinária francesa para o público americano.
Depois de todo esse falatório acerca do filme, eu revelo a vocês a pitada feminista como real intenção desse post. Se a mulher tanto lutou/luta pelo seu espaço e liderou/lidera economias, cargos governamentais,  revoltas, manifestações, motins e etc, de que adianta manda-las pra cozinha? É claro que elas iriam revolucionar por lá.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

De volta às letras

A primeira coisa que gostaria de trazer pra cá é a minha opinião sobre o Tumblr. Recentemente fiz o meu, hoje, na verdade. Gostei, é prático. Traz aquela ideia de brevidade que o blog não traz, mas nem por isso abandono isso aqui. A página vai continuar viva como sempre. Ok, confesso que esse 'como sempre' está um pouco sem credibilidade, mas mesmo sem postar com frequência eu entro aqui todos os dias, logo é 'como sempre', sim. Em segundo lugar... Agora, retomando as atividades naturais do ano, vou 'reaprender a escrever' e trazer os temas que separei há milênios pra cá. É 'reaprender' mesmo, esse negócio todo é uma questão de muita prática. De qualquer forma, é bom estar de volta.

http://hchermont.tumblr.com