sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Você por mim não chora.

A tuia

Como uma boa dona de casa (que quase não para em casa), reparei que a Tuia Holandesa que eu comprei pro Natal pra ser só uma arvorezinha decorada com sinos e pinhas está começando a colocar as asinhas de fora, ou melhor, por que não dizer os galinhos de fora? Mal chegou o fim do mês e ela cresceu mais rápido do que eu esperava. Eu gostei porque ela era uma conífera de cheiro bom e pequenininha. Como não tenho um apartamento grande, o ideal seria ter uma árvore de Natal de médio porte e que não fosse durar muito. Enfim, curiosa em virtude do crescimento acelerado resolvi ler um pouco mais sobre o assunto e descobri que ela PODE CHEGAR A 4 METROS. E a minha cresceu muito em 15 dias, sendo que eu estava molhando uma vez a menos do que o recomendado diariamente.

Pera lá né, o que era pra ser uma arvorezinha vai virar uma puta planta que eu não tenho onde colocar, isso porque eu já estava pensando em fazer um suporte na minha janela e por ela lá junto com outras plantinhas, como pimenteiras, por exemplo. Porque além de amar pimenta na comida, elas são uma gracinha coloridas. How amazing seria fazer isso antes de obter essa informação e aparecer com uma árvore de metros na frente do meu prédio e na janela (porque sacada, passei longe, né?). No mínimo weird da minha parte.

Estava aqui, com meus botões, pensando que vou ficar com ela esse ano e depois vou tentar enterrá-la aqui em frente, se deixarem, ou então vou levá-la ao jardim botânico, apesar de eles serem uns chatos pra receber/trocar material. Bom, se alguém quiser adotar uma tuia, é só falar comigo, também estou considerando essa possibilidade. É isso.... Eu queria um cachorro, depois um gato, agora tenho um pinheiro crescendo desenfreadamente em cima da mesa do roteador.

Icarian games (!!!!!)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Não chora, neguinho, não chora, o meu coração é da estação primeira.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Há uma boa hora pra ser alegre e toda vida pra ser feliz, uma boa hora pra uma taça de vinho tinto numa toalha xadrez e toda vida...(...) a última bebida do dia foi um mocha doppio, a primeira da noite.. Trapiche (de uma safra mais ou menos) e aqui está meu olhar de toda vida, comprimido entre os pés de galhinha de uma gargalhada em virtude do seu sotaque sulista ao trazer minha pizza romana autêntica. Eu nasci pra esse verão cortante na medida do frio vento noturno. A desventura como areia, vi voar. E a calmaria, alegria, l'avventura. Ahhhh o cheiro. Vermelho. Tinta. Vi chegar a pipa. Olhos cor de ferradurinha. Today, 00:12.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Os fracos tem árvores, os fortes tem tuias holandesas naturais. Cancerianismo, o nome disso.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

I said trust. The way we are.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Você está com mais tempo?
Não muito, por que?
Então você está feliz.
Minha gargalhada de sempre e no fim.... Por que você acha?
Porque conheço você há anos e voltou a escrever.
É, os planetas se alinharam.
It's just getting better and better while our silence. Turn off the radio, I just want to listen you breathing. Turn it off now.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tem gosto de fogo queimando em minhas mãos. E não há dor, só há a sua.

sábado, 10 de dezembro de 2011

1.162 quilômetros antes nem computados, 1.162 passos que mal existiam. 1.162 quilômetros de um grande problema, 1.162 quilômetros apenas trancados na gaveta. 1.162 quilômetros hoje percorridos, hoje contabilizados, 1.162 quilômetros de chuva, de calor, 1.162 quilômetros de saudade, 1.162 momentos de cuidado, 1.162 sorrisos. 1.162 vidas pra nos encontrarmos. 1.162 palavras de confiança. 1.162 razões. 1.162 rostos que passam, que enganam. 


1 a 1.162 quilômetros.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Our and reliable.

I saw fire climbing the wall behind us, I saw that kind of burn that I adore and your breathe above my neck. I felt your nails pressing my skin. In the middle of it, I felt truth in your eyes. So.. I'll just pretend that monday and miles doesn't exist for a while.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aquela foto que depois de um tempo aparece e você só dá três risadinhas pausadas. HE HE HE, eu já sabia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Stay open

Segunda-feira despretensiosamente finalizada com uma conversa sobre concurso formal de crimes e você me mandando tomar sol porque estamos muito brancas. Bom, enquanto eu faço essa lasanha só posso pensar que abrir portas ou dar oportunidades é uma coisa que eu quero fazer também, exatamente como você fez comigo, verificado o merecimento.

É bom sentir esse cuidado de alguém em guiar, mostrar o melhor caminho. É maravilhoso levar um puxão de orelha e depois te ouvir justificar que é porque quer me ver crescer. Gosto de sentir esse interesse em mostrar sempre mais a alguém. Você foi bem no ponto, me fazer sentir sempre instigada é condição sine qua non pro meu esforço sempre.

Acabar o dia ouvindo: "você é boa". Ah, que mérito sem tamanho. Não foi de qualquer um, é lógico, foi de você. Foi de alguém brilhante aos olhos de qualquer um. É muito gratificante, principalmente, porque nunca me senti boa de fato, não nesse caminho da minha vida.. E ouvir no último dia, foi não só um elogio.

Não porque admiro você, mas porque esperei pelo seu reconhecimento, então essa pequena frase me fez sorrir sim, me fez ganhar a noite, às vezes perdida por alguma exigência sua. E não só porque esperei durante esses seis meses você externar seu reconhecimento por eu estar ali sempre muito atenta, mas porque você se tornou um grande exemplo e.... Profissionalmente falando, é sempre bom ter exemplos na vida. Vou esperar ansiosamente o dia de dar o primeiro passo porta a dentro, hoje não há nada como vê-la aberta.

Outra das suas melhores frases foi "keep in touch". Não tenha dúvidas. Estarei sempre por ali.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Inventaram algo melhor que blues, café e Ernest Hemingway pra domingo? Não. 

"Nada como uma louça após a outra."

J'essaie ne lire pas ton mots, mais je confesse...
Je lis toujours.
Non, je ne regrette rien,
je ne regrette pas une déchirure.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Never too late quand je parle de SAMBA

Acho que nunca comemorei um dia do samba na vida, em Belém. 
Bom, sexta feira é meu "day-off", mas off que é bom.... Nunca. Morri em quatro horários seguidos no francês, tive inúmeras missões pra resolver a tarde. Banco, viagem, terapia, farmácia e blá blá blá. O caso é... Comemorei o dia do samba três vezes. Uma quando estava passando pela Barata Ribeiro e me deparei com dois senhores sentados, ambos tocando violino, e vejam só... Era aquele duelo entre o Noel Rosa e o Wilson Batista. Óbvio que eu fiquei embasbacada com a habilidade dos dois e joguei no case deles os únicos dez reais que eu tinha na carteira. A segunda comemoração foi quando eu ia a aula no Posto 6 pela Atlântica e tinham dois moreninhos com os avós brincando no calçadão. O avô chamou pra uma brincadeira do tipo "complete a música" e ele começou "Se o operário soubesse... reconhecer... o valor que tem seu dia". Eis que a segunda comemoração do meu dia do samba foi com Cartola e aquela cena maravilhosa que me deu uma saudade enorme de casa. Quando pensei que não poderia ficar melhor... Depois da aula, depois do cinema, depois do dia escurecer, tinha uma roda de capoeira na praia na direção da minha rua e aquele vento trouxe uma vozinha da esquina e o valor que tem um bandolim, sério, ERA UM BANDOLIM, não lembro qual foi a última vez que eu vi um. E essa terceira comemoração vou me dar o trabalho de cantar inteira, porque todo mundo sabe que adoro essa música. Foi assim que ouvi:

Baiana que entra no samba e só fica parada, não canta, não samba, não bole nem nada, não sabe deixar a mocidade louca. Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras deixando a moçada com água na boca. A falsa baiana quando entra no samba ninguém se incomoda, ninguém bate palma, ninguém abre a roda, ninguém grita "ôba, salve a Bahia, Senhor!". Mas a gente gosta quando uma baiana quebra direitinho de cima embaixo, revira os olhinhos e diz "eu sou filha de São Salvador".






Foto: Lapa, maio 2011.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ce soir

Sexta é o dia do cinema e aprendo quotes cada vez melhores. A diferença é que sexta é o dia do cinema depois do francês e de voltar sozinha cruzando Copacabana e ativando as sinapses. Saint Germain me guiando, como sempre. Faltam 365 dias...... Than I'll pack my stuff. I'll get a time. Vou pintar algum móvel semi-novo.

Pôr alguém no bolso e make it work. Eu posso dar o telefone do trabalho, just in case. Omitir não é tão mal. Ai, que frio na barriga? Felicidade tem cor e cheiro. Tem gosto de vinho maduro e parece vento batendo no rosto. Veja bem, pequena borboleta, eu sei que você guardou Sartre na gaveta.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre filhos 21:23h

"Filho é um ser que nos emprestaram
para um curso intensivo de como
amar alguém além de nós mesmos,
de como mudar nossos piores defeitos para darmos osmelhores exemplos
e de aprendermos a ter coragem.
Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter,
porque é se expor a todo tipo de dor,
principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e
do medo de perder algo tão amado.
Perder?
Como? 
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo".

Saramago

Nada melhor pra definir meu dia de trabalho hoje do que Beatrix Kiddo. Re..

I can hear the sound of x-mas.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

RUMOR HAS IT

RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT
RUMOR HAS IT

domingo, 27 de novembro de 2011

Doutura não, não é? V.

Dra Vera
La piel que habito
Beatles num céu de diamantes
Personnalité
Pittäs
La Maison
Siqueira Campos
Engenho de dentro
Sua mão três vezes maior que a minha
Sua cerveja na geladeira
Suas surpresas em cima da cama
Seu sorriso acolhedor

Somos eu e você, você e eu. Eu, você e nossa cumplicidade de sempre.
E sua atenção desmedida e seu humor peculiar. Eu chorei, você chegou.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus"
Love don't make no sense, ask your neighbor
The winds have changed; it seems they have abandoned us
The truth hurts, and so does yesterday
What good is love if it burns bright, and explodes in flames
I thought every little thing had love but.....

sábado, 19 de novembro de 2011

Something you don't wanna see or believe because you know what it mean.

na na na na na

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Le gamin au vélo

Pra dar um time das 6 provas que ainda faltam, fui ao estação de Ipanema e digo uma coisa a vocês: assistam a esse filme.
Le gamin au vélo demonstra as consequências de uma situação familiar complicada na cabeça de uma criança e sinceramente foi a parte extra-acadêmica que faltava pra esse dia inteiro estudando psicologia e participando de um congresso que me cansou a cabeça.
Mostrar sentimentos como: negação, dificuldade de lidar com carinho, retração e desespero materializados era tudo o que eu precisava depois desse estudo dirigido e pra me fazer chegar com a cabeça fresquinha pra terminar uma das semanas mais importantes. Saíram mais quinze páginas, amém! Sinceramente, deixando de lado essa particularidade do dia, o filme é ótimo.

Comissão da Verdade

Dentre as decepções que aparecem, uma hora ou outra apareceria um rastro de liberdade. A sanção da lei que criou a Comissão da Verdade vai ser um ponto muito positivo pro governo e um corte nas vendas daqueles que possuem interrogações, até então, invencíveis. Eu sinceramente não vou imbuir de mais mérito o governo atual, do PT, porque essa questão visualizou uma bela inércia muito conveniente durante muito tempo. Com o otimismo que me é peculiar - nem tanto nas questões políticas - eu realmente espero que os nomes indicados preencham os requisitos, sejam dignos de estar ali e que o processo investigativo seja claro como água. Veremos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu sempre verei branco e você preto e quando eu vir o preto, você branco. 'E se você disser que eu desafino, amor?' E se eu disser? Me xinga, quer me convencer. Vou dar um sorriso pra você e lembrar do principal. Que fazer?

Tour

UAU, dessa vez você sapateou em tudo o que estava aberto mesmo ao estilo Tightrope, ainda que eu corresse pra fechar. Fosse como fosse, por quanto tempo fosse. Se divertiu? Fosse 1:30h do seu precioso tempo, fosse 1:30h do MEU precioso tempo. Não importa quanto tempo eu tenha disponibilizado pra fazer as coisas ficarem 'ok'. Você sempre vai procrastinar a conversa até ela não ficar 'ok' porque você simplesmente não quer que ela fique. E você sempre vai postergar até você colocar as coisas do jeito que você quer, até brigarmos, até a historinha parecer confortável pra você. Acontece, bem, que não é assim que a vida funciona. Você sempre vai lidar com tudo a sua volta. Quantas vezes tentei te abrir os olhos? Acontece que pra você, nem todo carinho do mundo. Você não enxerga o que vale a pena. Não enxerga a verdade, simplesmente, não enxerga. Não tenho, nem tive do que me redimir. Tive vontade de você e de repente você estava me chamando de mesquinha do outro lado do telefone. E vem me dizer que isso é motivado. Que desrespeito é motivado. Que empurrão é motivado. Soco é motivado?  Viu só como você fez muito? Como foi compreensiva? 
E quis que eu aceitasse? E diz que não fiz o suficiente? 

Paro, penso, o que dói mais?

J: Vocês são incompatíveis.

C: Vocês estão em páginas diferentes da vida.


H: Então... foi isso.
S: Se eu fosse você pensaria: Graças a Deus.
H: É mas... gosto.
LL/L/N/C/S: Não importa. Eu estou de fora e só consigo pensar.. Graças a Deus.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Não me venha

Não me venha com esse papo de que aprendeu comigo a pedir perdão e que fui a única mulher que você amou. Ora, não me venha com esse papo de que tenho que aceitar seu desespero ao mesmo tempo em que você me insulta do outro lado da linha. Não me venha com esse papo de que quem fez pouco fui eu.

Não me venha, que não dá tempo, eu tenho cinema.

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu poderia passar o dia inteiro falando dos discursos majestosos da morte de Cromwell, podia falar o quanto acho que Rui Barbosa tem teses excelentes e dizer ainda que concordo... é impossível estar dentro da civilização e fora da arte. Eu poderia falar que de certa forma eu acho válido o voto obrigatório porque na verdade a presença é que é obrigatória, já o voto pode ser branco, nulo ou o que mais você quiser... Eu poderia elencar mil motivos pelos quais acho que o Estado deveria tomar vergonha na cara e legislar acerca do aborto, poderia comentar aquela decisão do STJ a favor do casamento homoafetivo. Eu poderia ainda dizer o quanto gosto de cinema francês e quanto ele combina com domingo. Eu poderia passar a tarde falando de L'Arlésienne ou da Great Depression da Segunda Guerra. E dizer que não termino o filme da câmera que comprei há meses.

De todos os meus gostos, de todas as atividades, eu poderia dizer que a única coisa que eu gostaria de fazer é sentar a mesa de um café qualquer e esquecer tudo o que aconteceu. Poderia falar de política quando na verdade quero falar de tesão, poderia listar as óperas que nós temos que assistir quando na verdade quero saber exatamente o que está acontecendo na sua vida. Poderia tomar um gole e selecionar uma das notícias que eu li ontem a noite pra te ouvir dizer de alguma teoria econômica contemporânea, quando na verdade queria ouvir que te faço feliz. Quantas vezes? Eu poderia dizer que me contento. Você sabe que eu não ligo pra métrica e que pouco me importo com envelopes. E eu poderia dizer que não me agonio com o tempo. Sim, eu queria que ele amassasse como papel entre os meus dedos. Eu poderia te escrever uma carta, desenvolver teses políticas, poderia passar a madrugada conversando sobre compostos químicos de alimentos e formas de cozinhá-los, poderíamos conversar sobre quais ovos você prefere. Ou sobre você não gostar de caruru e eu adorar. Eu poderia dizer que estou entrando em abstinência de farofa. Nós poderíamos ceder. Eu poderia te ensinar todos os dias que quando você divide por cem a vírgula anda pra esquerda, se fosse pra eu acordar com você pesando no meu peito. Inevitavelmente ouço diariamente "diz que esse lugar é só meu". Eu poderia dizer que to tomando uma vitamina nova e que por isso tem tempo (relativamente) que não adoeço.

Eu poderia dizer que eu esperaria você a vida inteira e que nós temos um momento de recomeçar. Ou começar, de fato. Eu poderia pendurar o sobretudo, levantar bandeira branca e dizer: yea, você me pegou. Eu poderia dizer que sim. Que vou. Eu poderia dizer tantas coisas, quando te tocar uma vez completa..... Sei que se eu te tocar uma vez, elas todas seriam automaticamente ditas.


Blog

Grafite com vírgulas,

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Oi,

Vale considerar, como vai você? Tenho um pouco pra dar, mas e que querer? Quero nada agora. Fe li ci da? Deeucompro na cafeteria toda tarde à uma hora. Depois me esque çoo mundo um tantinho. Mas como vai você? E quanto a seus dilemas? Tenho muitos bolsos, te emprestum. Eu não quero agora, mas e se for você? Chega a hora? Chega a hora. Mas como vai você? Dá a volta de mim, dá a volta em mim, mas não volta. Só passou da hora. Como vai você? Quanto tempo demora? Quando vai você? Como vai você? Vai você. Como vai? Você.

domingo, 23 de outubro de 2011

Taking the wheel again

Hoping for a time em que você vai se desengasgar, eu vou me levantar, olhar pro machucado e achar pequeno, vou olhar só pra você de novo e vamos dividir o calçadão todos os domingos com o nosso weimaraner. Vamos passar por aqueles castelos de areia, pelo Carlos Drummond de Andrade e escolher um apartamento na Vieira Souto do jeito que você disse que queria da primeira vez em que andamos por ali.

domingo, 16 de outubro de 2011

L'homme de sa vie

O que Zabou Breitman dirigiu talvez tenha me feito perder o olhar conceitual depois do sono. Mas ainda assim me ocorreu, ao som da voz de Hugo, descrente, que nunca somos perfeitos. Mas somos um para o outro, sim. "Eu pra você", delimitada pelas expectativas criadas, por aquele quadro de características que tantas vezes você pendurou na minha porta. "Você pra mim", contornada pelas tantas qualidades que cacei esses vinte anos.

Por essa ótica, confesso que as coisas perdem a cor. Tudo é tão certo e claro, limitado. O positivo (sob algum aspecto) é que enxergar assim faz a dor ir embora. Não há o medo de se surpreender, não há o medo de perder porque, sim, nem todos os aspectos podem ser ganhos. Menos ainda há grandes ilusões, utopias ou seja lá como vêem (paixões). Estar só é uma coisa que se desenvolve e nos revela.

Diante tantos apuros, então, sabemos onde ir.


Fotografei você na minha Roleiflex - Revelou-se a sua enorme ingratidão -Só não poderá falar assim do meu amor - Este é o maior que você pode encontrar - você com a sua música esqueceu o principal...

sábado, 15 de outubro de 2011

Ultimatum, de Álvaro de Campos


Quem acredita neles?
Abram mais janelas..
Nenhuma corrente política...
O que aí está a apodrecer a vida...

Não pode durar.

Engourdissant

L'avventura está guardado na tábua falsa da porta, já que uma desventura chegou faz tempo. Precisei de algo a mais que confundisse alguns sentidos. E a gente nunca sabe em que tempo a desventura passa, não é mesmo? A gente nunca sabe quando as metáforas não se dão mais por suficientes.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Inbox


Ela sorriu, pavloviana. Ele levantou a mão. Ela também levantou a mão. Paradas assim, no ar, por um monte as mãos dele e dela diziam qualquer coisa oi, você aí. Qualquer coisa assim, nada a ver.

Ela era qualquer coisa como uma Psicóloga Que Sonhava Escrever Um Livro; ele, qualquer coisa como um Alto Executivo Bancário A Fim De Largar Tudo Para Morar Num Barco Como O Amir Klink. Ela, que quase não fumava, aceitou um cigarro. E disse que gostava de Fellini. Ele concordou: demais. Para a surpresa dela, ele falou em Fasbinder. Ela foi mais além, rebateu com Wim Wenders. Ele então teve um pouco de medo, recuou e contemporaneizou em Bergman. Ela disse ah, mas avançou ainda mais e radicalizou em Philip Glass. Ele disse não vi o show, e a começou a discorrer sobre minimalismo: um a zero para ele. Ela aproveitou para fazer uma extensa, um tanto tensa, digressão sobre qualquer coisa como Identidades Da Estética Minimalista Com O Feeling Da Bossa-Nova. Ele ouviu, espantado: um a zero para ela.

Ele tentava esquecer uma mulher chamada Rita. Conforme o uísque diminuía na garrafa, Rita misturava-se aos poucos com outra chamada Helena, ele repetia como-amei-aquela-mulher-nunca-mais-nunca-mais




Ela não queria entrar noutra história, porque doía. Ele não queria entrar noutra história, porque doía. Ela tinha assumido seu destino de Mulher Totalmente Liberada Porém Profundamente Incompreendida E Aceitava A Solidão Inevitável. Ele estava absolutamente seguro de sua escolha de Homem Independente Que Não Necessita Mais Dessas Bobagens De Amor.




Caminhavam assim, lembrando juntos letras de bossa-nova. Ela imitava Nara Leão: se-alguém-perguntar-por-mim.

Tão bom encontrar você, um cantinho, um violão.

Mas tudo em qualquer movimento dizia que pena, baby, o verão acabou, postal colorido, click: já era.

O sol continuava a descer, tomaram três latinhas de cerveja cada um, lembraram da letra inteira de tá-fazendo-um-ano-e-meio-amor-que-o-nosso-lar-desmoronou

Ela era só uma moça querendo escrever um livro e ele era só um moço querendo morar num barco, mas se realimentando um do outro para. Para quê? Eles pareciam não ter a menor idéia.

Ela apertou um botão e, de um gravador, começou a sair a voz de Nara Leão cantando These Foolishing Things: coisas-assim-me-lembram-você.

Reliable

Black Butterflies. Life During Wartime. Pièce Montée. E cheguei aqui. O que adianta discutir sobre política, não é mesmo? É quase como contar piada tomando um cafezinho. Poderia dividir esse pedaço de bolo em duas partes e ficar jogando verdades fora aqui e ali (nada de política hoje), com você. O que importa a cor da parede do gabinete ser vermelha e caracteristicamente esquerdista? Eu estava mesmo querendo pintar uma parede da minha casa assim. Acho que serviu pra eu me habituar e pronto! Só tenho que esperar a psiquiatra, minha vizinha, consertar uma infiltração.

Se nesse apartheid entre perdoar e esquecer eu só pudesse escolher um, seria a segunda opção. Mas colhi as duas e pus uma em cada bolso daquela calça cinza que você gostou da última vez em que fomos ao cinema. E foi a melhor coisa que eu fiz. A vida é sobre galgar e acostumar-se. Quase um ciclo. E as palavras, bom.... Aí já é demais. Você não soube entender o meu silêncio tantas vezes, por que você entenderia atitudes ou palavras?.

Entrou uma borboleta lilás, era terça-madrugada. Feira. O carro estava lotado. Muito barulho em volta e de repente......... De repente só estava eu e uma borboleta, no vidro embaçado. De olhos grandes, piscando pra mim. Não contive um sorriso, ajeitei o short. E tivemos algumas horas de ... Nada.... E era tão simples, tem sido tão simples que não há palavra melhor, além daquelas muito honestas, uma atrás da outra, que me levaram a discutir sobre a vida corriqueiramente com muita serenidade. Sobre dores, obstáculos, família, comida, viagens. Pousada ali no meu indicador, apontando a direção. A direção de apertadas horas de segurança e honestidade. And i felt full again. É claro que eu deixaria 'tomar meu tempo' mais umas horinhas se eu não tivesse o combo tempo-espaço correndo contra. É certo e claro. Aquele momento não era o de discutir política ao aroma de café pequeno. Nem de falar de amor e você sabia disso. Eu mudo a locução quando eu quiser, é perceptível: Pousada no meu rosto, sabia desde o início que nada ali precisava se fazer mais interessante do que já estava. Por isso abri a janela, você voou com suas asinhas tão diminuídas em virtude do espaço físico que se alongava. Te vi entrar segura, longe desta chuva que está batendo aqui. Eu trouxe algo bem guardado... E confesso baixo.... Fez muito bem.
"Pedro esta cantiga não fala de amor. Mas querido. Esse som. Acho que me entregou. Pedro esta cantiga não fala de amor pelo carinho. Esse som. Acho que me instigou"

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"Eu não consigo

mais viver




sem teu carinho"

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Tomar café à uma da manhã é algo que eu, de fato, não deveria estar fazendo. Mas selecionando uns filmes pra ver nessa viagem ultra cansativa, a qual eu não estava nem um pouco a fim de fazer, li um um trecho de Tolstoi que condiz muito com o dia hoje. 

Eu não faço questão de ir a Belém no Círio, é um evento religioso lindíssimo, mas eu confesso que eu não sou muito católica. O meu lado neorolinguístico fala mais alto.... Bom, não é o que dizem? Cada um com o seu Deus? E mais, além de não ser muito católica, não sou fã de aglomerações..... Convenhamos, essa é uma época em que a cidade fica um caos que eu não tenho a menor vontade de experimentar. Por isso me abstive de estresse no trânsito e estou com os dedos cruzados pra obra do magnífico Villa dei Fiori ter terminado a fim de aproveitar cinco belos dias de calor na piscina.

Acabei de descobrir que tem um episódio de Lie to Me faltando e eu não sei qual o número, isso significa que  ele foi engolido pelo meu computador que foi-se o tempo, era organizado. Dos filmes, selecionei: Life during wartime, Pièce Montée, O ciúme mora ao lado (só pra descontrair) e The Ghost Writer que, por incrível que pareça, ainda não vi! Bom, acho que estou bem servida. 

Queria mesmo estar bem servida de sono, a final acordar daqui a três horas não estava no pedido. Os dias ficam mais longos quando você tem que sair do trabalho, chegar da faculdade, arrumar malas, passar roupas, varrer a casa, tirar o lixo e no meio disso quando você ainda quer baixar uns CDs novos, restaurar uns aplicativos, selecionar uns filmes...........

Ah sim, o trecho:
"Em verdade, as coisas boas acontecem a despeito de nossos desejos, 
por vezes até mesmo em oposição ao que desejamos, 
e muitas vezes, após nossa excitação 
e sofrimento por causa de 
coisas sem mérito"

Queria por a referência, mas não lembro a página e guardei na mala.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nas primeiras semanas de trabalho lembro de ter pego um caso de um esquizofrênico paranoide. Fiquei o dia todo muito atordoada, me sentindo impotente, principalmente, porque a tutela antecipada dele não foi deferida. Essa notícia, num caso como esse equivale a: Você terá crises ininterruptas durante meses porque o juiz entendeu que a dosagem de medicamentos necessária ao seu tratamento não lhe deve ser fornecida antes da sentença propriamente. 

Devo dizer, é uma lição de vida aprender a lidar com as dificuldades das pessoas, aprender a falar com elas. Observar suas reações, uma por uma. Hoje, vi o mesmo assistido sair 90% satisfeito e não porque obteve integralmente o pedido, ou mesmo em parte, mas porque acredita no trabalho que tem sido feito por ele. O que pode fazer um dia terminar melhor do que gratidão?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu abro o livro e encontro apenas um caminho, o meu. Isso não é um insulto ou algo do gênero. Tenho meu caminho, momentos que eu quis viver, escolhas que eu tomei. Não adotei nenhum deles pra cumprir com um objetivo, apesar do que você pensa, além de 'para mim'. Vingança não é nada que me satisfaça. Poderia ser 'x', 'y', 'z' ou qualquer outro que me interessasse. Na verdade é... Fizesse bem. Poderia ser qualquer momento que me fizesse bem. Qualquer outra pessoa que me fizesse bem. Qualquer outro passeio que me fizesse bem. Just to feel safe.

Jamiroquai - Love Foolosophy (Live Abbey Road)

I'm not here to prove you something anymore. I'm not here to love you in the same way. I'm not here to kiss you again. I'm here to support you when you need, to hug you in a difficult time and respect each moment you have. Can't you see? You take, if you want to, i'm not forcing you to anything. If you don't want to catch, is another goodbye.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Queria ter aprendido isso na escola:

Erik H. Erikson e o desenvolvimento psicossocial  na adolescência
Texto elaborado pelos Profs. Débora Dalbosco Dell’Aglio e Christian Haag Kristensen

Quando refletimos sobre os anos que passaram em nossa vida, facilmente observamos que diversas mudanças ocorrem na forma através da qual nos percebemos. Mesmo aqueles que ainda não atravessaram, certamente já ouviram falar da crise da meia-idade, uma crise que envolve o processo de identidade. Mudanças importantes certamente ocorrem durante a infância em termos de autoconceito e auto-estima. Entretanto, é a adolescência o período no qual a reorganização do senso de self do indivíduo ocorre quando ele possui a habilidade intelectual para apreciar a dimensão dessas mudanças (Steinberg, 1999). Os trabalhos mais influentes na área do desenvolvimento da identidade do adolescente foram apresentados por Erik Erikson.
Dimensões dos Estágios
Na análise dos estágios de desenvolvimento psicossocial, é fundamental considerarmos que Erikson aborda três dimensões distintas:
1) meios de experimentar acessíveis à introspecção
2) modos de proceder observáveis por outro
3) estados inconscientes
Princípio Epigenético
Progressão no desenvolvimento a partir de um sistema básico: todos os aspectos da personalidade dependem do desenvolvimento adequado na seqüência apropriada e cada um existe de alguma forma, antes de alcançar seu momento crítico.
Confiança Básica vs. Desconfiança (0-1)
Se a mãe (ou cuidador primário) oferece satisfação em relação às necessidades físicas e emocionais básicas, o bebê desenvolve um senso de confiança básica no outro e no self. Relacionado com a persistência, continuidade e uniformidade da experiência de maternagem, que proporciona um sentimento primitivo de identidade do ego. Relacionada com a fé e a religião organizada.
Autonomia vs. Vergonha e Dúvida (2-3)
Experimentação em torno de duas ordens de modalidades sociais: agarrar (retenção) e soltar (eliminação). Necessidade de testar os limites e explorar; se a dependência é promovida, a autonomia da criança é inibida. De um sentimento de perda do autocontrole e supercontrole exterior resulta a dúvida e a vergonha. Relacionado com o princípio da lei e da ordem.
Iniciativa vs. Culpa (3-5)
Tarefa básica: adquirir um senso de iniciativa e competência. Genitalidade infantil: prazer no ataque e na conquista. Possibilidade de desenvolver senso moral.
Indústria vs. Inferioridade (6-12)
Criança necessita expandir a compreensão do mundo, continuar a desenvolver papéis sexuais apropriados e aprender as habilidades básicas para o sucesso na escola. Senso de indústria: estabelecer e manter objetivos pessoais. Em todas as culturas crianças recebem instrução sistemática. Falhas podem levar a um senso de inadequação.
Identidade vs. Confusão de Papel (12-18)
Identidade do ego: é a segurança originada da própria capacidade de manter a uniformidade e a continuidade internas e a sua correspondência na uniformidade e continuidade do que significa para os outros. Adaptação do senso de self às modificações da puberdade. Realiza uma escolha ocupacional e atinge a identidade sexual adulta. Busca de novos valores.
Intimidade vs. Isolamento (18-35)
A tarefa básica é desenvolver relações de intimidade que vão além do amor adolescente (perder-se e achar-se no outro). Agora já é possível desenvolver plenamente a verdadeira genitalidade e formar grupos familiares. A evitação devida ao temor da perda do self pode conduzir a profundo isolamento e distanciamento.
Generatividade vs. Estagnação (35-60)
Período caracterizado pela capacidade de produzir. O foco está  nas conquistas profissionais e criatividade. Preocupação relativa a firmar e guiar a nova geração. Necessidade de transpor o self e a família. Falha em adquirir um senso de produtividade geralmente leva à estagnação psicológica.
Integridade do Ego vs. Desespero (60-)
Integra estágios anteriores e encontra a identidade básica. Caracteriza-se como um momento de avaliar os próprios sonhos e as conquistas. Etapa da “sabedoria”. A integridade leva à aceitação da velhice com serenidade e a aceitação do próprio e único ciclo de vida como alguma coisa que tinha que ser e que, necessariamente, não admitia substituição. Uma falha em alcançar a integridade do ego pode levar a sentimentos de desespero, culpa, ressentimento e auto-rejeição. 

domingo, 25 de setembro de 2011

As coisas são mesmo assim, dolorosas? Quando Alice começou a escrever a carta, seus lábios se contraíram, sua testa se enrugou e escorreram salgadas por suas bochechas...

Hanna,
Vir aqui, em uma palavra: dói. Dói tanto que eu poderia rasgar essa blusa agora mesmo pra ver se me liberto, mas só consigo mantê-la, dói como se você nunca tivesse verdadeiramente me acolhido. Como se as coisas realmente tivessem sido fáceis a vida inteira. Você foi, eu fiquei e só notei meses depois? Me perdoa por esse jeito desligado, distraído. Eu confesso, queria ter sido distraída exatamente naquele momento e continuar vivendo com você como antes, feliz e confiante de que tudo melhoraria. Confesso que sair de você, Hanna, é extremamente complicado por que parece que você deixou uma coisa aberta que eu escondo todos os dias. Escondo tanto que eu mesma penso que cicatriza sozinha. Desde que fui curiosa, minhas duas palavras, perfeitamente agrupadas, são: Não sei. Eu nunca sei. Sempre fui tão decidida e agora isso. Tenho momentos brilhantes e depois quando penso em você, perco as palavras e choro como se ainda estivesse em 1945, como se tudo fosse tão abstrato que tivesse se perdido no ar. Durou tão pouco. Eu quis tanto e durou tão pouco. Talvez, am..or, eu guarde isso pra sempre, porque você sabia o quanto eu te amava, o quanto te amo e ainda assim........... Eu não compreendo. Dói sempre. E me recolho, todos os dias em que você não está. Tem aqueles em que eu quero que você não esteja, tem aqueles em que eu engulo o choro e tem os dias como hoje, que eu preciso de um médico, de um sono bom. Você me fazia ver em tecnicolor e agora eu tento me fazer acreditar que eu via assim.. sozinha. Tento responder a todos os estímulos.

Ontem foi um dia como nenhum outro, sorri tanto, me senti bem, porém hoje já derramei novos sais sobre você. É só pensar em você e parece que fiquei entre quatro paredes e elas estão me comprimindo, minha cabeça lateja. Queria que fosse uma ressaca que me fizesse só dormir o dia todo. Eu realmente saí de você ou estou saindo, despreparada pra tudo, como eu brinquei. E diante os soluços ininterruptos eu viro pro lado e não encontro minha família, nem meus amigos que gostavam de você. É sempre muito difícil quando .......

Telefone (16:49h)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2018

Não importa o que você pretende daqui a cinco anos, o que você optou por fazer da sua vida, se sua camisa está ou não suja, se você quer dançar balé, fazer concurso ou qualquer outra coisa na vida. Se você ganha um salário mínimo ou 24 mil mais benefícios, se você é ou não apaixonada pelo que faz. Ninguém tem nada a ver com a sua vida, nem se você é ou não homossexual, se você faltou ou não as duas últimas semanas de emprego, não importa o que as pessoas falaram de você no último mês. O que importa é você pontuar um foco e fazer bem aquilo que lhe foi designado, seja lá o que você estiver fazendo.

Estarei sempre com você.

domingo, 28 de agosto de 2011

"Foda-se mesmo", não é?

ED de Psi

Como começou meu Estudo Dirigido de Psicologia Jurídica:



"A psicologia nunca 
poderá dizer a verdade sobre a loucura, 
pois é a loucura que detém a verdade 
da psicologia."
(Michel Foucault).





Não sou muito sã pra isso, não?

sábado, 27 de agosto de 2011

Drummond é bom, mas tem final melhor sempre no meio.


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

1/3 cancer's _ _ _ _ _ w/ ole.

If you need something, i can bring to you. Just call me, I can even go to see you to read a book if you want.
Tem horas que se você não pensa dois anos à frente, passa dois anos no mesmo lugar.

domingo, 14 de agosto de 2011

Take, is just a napkin.

It is really hard to me figure it out... the last time a saw your blue eyes was crying on a wet day, our last day. I'm not thinking about loose you, but i wont say that i'm not afraid of. I can remember that times you were fuckin' awesome, that times you made me stop crying and that ones you just gave me good nights. I will always remember that taxi we got home when you said me: 'You are this transparent and reliable person, loose you is a bullshit, think about it'. Now I know, that reliable and transparent person is you, and I just don't wanna be out of this friendship. Cheers to "cancer"! Cheers to this brilliant person you are. 

Salut, mon amie. Revenir bientôt.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pra me salvar de mim

Corria no escuro pra salvar-se de qualquer intensidade, pegou quatro pedras e jogou no lago. Amor? Você não sempre compreendeu bem minhas metáforas? Já acabou a força. Não me compadeço do seu arrependimento porque ele não dura o tempo suficiente de a última pedra submergir. Eu só queria que fosse tão fácil passar por essa aguaceira toda sem se molhar. E que menos sinestésico fosse lembrar dos teus pobres olhos. Podres, contaminados. Te jogo um lenço, um colírio, pra que você possa enxergar e... Veja... Você será ótima de ontem em diante, já que foi o fim da corda bamba. Eu assisti de baixo e você quase me enganou, malabarista. Mas que bom, acabou, tenha calma. Cair na água deve doer menos. Pra você.

Já dizia Caio

Não tenha medo, vai passar. Não tenha medo, menino. 
Você vai encontrar um jeito certo, embora não exista o jeito certo. 
Mas você vai encontrar o seu jeito, e é ele que importa
Se você souber segurar, pode até ser bonito.

domingo, 7 de agosto de 2011

Trilha do Morro Dois Irmãos

Saí às onze e cheguei pouco antes das oito e quinze. Subi 600 metros acima do nível do solo, aproximadamente 200 metros acima do nível das nuvens e fiz isso com as próprias pernas, sem cordas. A trilha do Morro Dois Irmãos, pra mim, começou na Av. das Américas, na entrada do Vidigal, no Leblon. Onde cortei as curvas da favela na garupa de um moto-taxista calado que me deixou na subida da ladeira pra entrada da mata.

A parte dois começa quando vamos mata adentro por uma ''passarela'' de concreto de menos de trinta centímetros de largura e sem corrimão. Olhando pra baixo, de um lado você vê construções e do outro vegetação. Destaco que a passarela não é própria pra trilha, mas parte de uma das construções residenciais dos arredores. Ela é íngrime - mais ou menos - 27 graus ou quase 30, faz uma curva e esse é o primeiro momento em que você pensa que um tropeço ou ''olhadinha pra baixo'' pode custar muito caro nas próximas horas. É importante não perder o foco em nenhum segundo.

São 3 pontos de parada com vista até chegar no topo. São 600 metros em que você precisa controlar os batimentos cardíacos pra não cansar demais no meio. E foram 600 metros em que eu desejei uma bota de cano curto (que eu vou comprar essa semana) e uma calça até o tornozelo por causa da vegetação fechada. Tem uma das três subidas, acho que a segunda, que tem pedras muito lisas, você precisa ajudar com as mãos. Eu cortei o dedo num galho por isso e a canela por causa da brilhante ideia de ir de short. Há um momento da terceira subida em que tem pedras muito estreitas alternadas (direita - esquerda). Bom, esse é aquele ponto em que você espera nunca chegar na hora de descer........

Nada compra ter sua segurança dependendo de você por alguns instantes, nem a gratidão posterior por  sanidade e autocontrole. É o mesmo que ter a vida nas mãos e precisar usar a cabeça pra mantê-la fora de risco. Inteligência é mais importante que força, mas não vou negar que preparo físico é tão necessário quanto confiança. É fascinante pisar sobre as nuvens, estar próximo a lua, sentir cheiro de boldo e madeira. Poder se ver na mesma linha de altura do Cristo Redentor, não tão distante do topo da Pedra da Gávea. É inacreditável ver a lagoa em um buraco nas nuvens e as ondas quebrando desde o início e quase tão lentamente quanto o olhar que você destina a todos os pontos da paisagem.

É aquele momento em que você fecha os dedos com toda força que tem e respira a todo pulmão o que sobrou do céu, que daqui não se vê.

sábado, 6 de agosto de 2011

Tião e a ofiofilia.

Levantamos deveras cedo e fomos aos vinhedos que, perto do campo de amoras, rodeia tua blusa azul celeste. Celestial, era tudo o que eu queria acreditar. Mas fui surpreendida, abordada pelas três amas morenas de Copacabana que não mediram a força pra puxar o copo que eu segurava. Dentro tinham as uvas que eu queria que tu cheirasses, as uvas tórridas de lágrimas que chorei mais cedo. Parece que me quero num verbo pronominal, mas a verdade é que te quero desamarrando as blusas azuis-atlântico do varal, colocando num cesto e levando embora. Em boa hora.

Eu então, no fim da manhã, vi o sol entre a chama que acendia meu cigarro. Fiz questão de aspirar bem fundo o cheiro daquela lama molhada que pintava até o meio, minhas botas. Segurei bem firme a rédea pra que Tião, teu cavalo, não fugisse. Dei a ele um pedaço de capim e então um tapa nas ancas e ele galopou. Quando vi Tião longe uns dez metros vi a cobra que o fez cair mais tarde. Ele era bom, mas pra que mais um cavalo na areia?

Meu Liev rompeu pra perto da cobra e num ato de coragem ergueu as patas da frente e com todo seu peso craqueou sua cabeça. Bravo Liev. Como aquela única estrela que mais brilha toda noite, pra lá você levou as blusas. Pra onde foi a cobra e pra onde correu Tião. E aí que Liev volta com o peito robusto, a crina dourada e as patas embebidas de sangue e veneno. Fomos para o lago, lavei-lhe as patas, dei-lhe água, a cela velha e a montaria. De cima de Liev o vento corta meus cabelos. E assim seguimos sob o calor das duas da tarde, daquele agosto pavoroso, direto para o estábulo, onde os ofídios não adentrariam e onde eu ouviria o som do mato dando recados. Villa-Lobos é o que eu ouço. Bachianas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A preço de banana

0,75 centavos. Blog anexo.
Sabonete >> lixo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Animal Planet, no real sentido.

Sabe quando você tem a impressão de que não sente o semestre passar e fica esperando ingenuamente um break (que nunca vai existir)?

Hoje eu estava separando umas apostilas na dropbox pra ler amanha no salão (por incrível que pareça, eu vou tirar um dia pra cuidar do cabelo) e com o remédio de sinusite na mão e esqueci o que ia fazer. Eu sou expert em ter esses momentos de "tilt". Voltei pro computador lendo e relendo o CCAD, respondendo emails, atualizando documentações, endereços e... Cadê meu remédio da sinusite?

Passei uns 15 minutos até encontrá-lo em cima dos ovos na geladeira. Cara, depois dessa eu resolvi parar um pouco e vim parar aqui, claro. Tomei o bendito, tentei comprar tkts pro Kirov (é claro que o site estava fora do ar) e vim pra cama.

Hoje, na hora em que cheguei da faculdade, a polícia estava conversando novamente com o Reginaldo (meu porteiro que mais parece que saiu da família dinossauro). Claro que fiquei apavorada até descobrir que era apenas uma ronda rotineira desde que fecharam o bingo clandestino que rolava no meu prédio. Dá pra acreditar? Copacabana é isso. Você anda tropeçando nos velhinhos e eles andam com os bolsos cheios de dinheiro pra se distrair com essas coisas. Bom, pelo menos tem ronda na minha rua constantemente.
Aliás, o meu setor novo é bem eclético, tem de cops a padeiros (muitos). Tinham os velhinhos do bingo, mas agora eles deram lugar aos viados do salão. Adoro essa diversidade. Hoje desci no elevador com um senhor de terno olhando o aplicativo das bolsas de valores no iPhone checando as ações do Google (não contive meu olho comprido) e um dos funcionários do Point's Hair falando que ia ficar RYCAH porque ia de 'assistente' atender a Deborah Secco (escreve assim?) na Barra. Aliás, minha professora de penal é vizinha dela e fofoca tudo o que a pobre mulher (nem tão pobre assim, claro) faz na varanda no fim de semana (coitada).

E eu, depois de tirar o Corticortein da minha prateleira de ovos, fiquei pensando como esse encantador de cães tem paciência... Meu deus, mas tem uns animais tão burros que dá vontade de abraçar (do estilo do Bolinha - meu cachorro que só come e dorme, pros navegantes).

E eu sem sono, fico pensando que estou me enroscando de novo em horários malucos, em 7 matérias, em três métodos de formação e em estadias mais longas pra matar a pau e lentamente a saudade que eu sinto. É de ti mesmo que eu estou falando, my dear. Esse mês foi de matar. Te comprei um bilhete-pronto hoje na Papel Craft pra enterrar um pouquinho da falta que você me deixou durante o dia. E é claro, não estaria aqui se não fosse pela que você está deixando durante a noite.

Vai começar o programa dos golfinhos, não posso perder.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

e abriu

Pisou........ de novo......... no mesmo lugar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

E sobre amor você não escreve mais, por quê?
Tinha cá pra mim que, agora sim, eu vivia enfim o grande amor. 
Mentira. Me atirei assim de trampolim fui até o fim um amador. Passava um verão a água e pão, dava o meu quinhão pro grande amor.Mentira. Eu botava a mão no fogo então com meu coração de fiador. Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito, exijo respeito não sou mais um sonhador. Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor.


                                                                                                                                                                                                 Mentira








Já não preciso mais desabafar, aprendi tudo sozinha. E como diria Marisa, o que me importa seu carinho agora, se é muito tarde.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A verdade é que como se já não bastasse uns e outros probleminhas com a fiação do quarto, a gaveta mais larga que a porta, a porta sem parafuso e otras-cositas-mas hoje, voltando do Gula Gula em Ipanema, fiquei presa no metrô. Foi uma Experiência Quase Morte para mim, é claro, desesperada que sou. Mas é com toda certeza que digo: estar na hora certa, no lugar certo faz parte ou da minha essência ou do meu otimismo. Passei uma tarde linda em Ipanema, fui a farmácia, sentei, tomei um café olhando pro céu em dois tons de azul, pisei na areia - coisa que há tempos não fazia - depois disso fiz supermercado como sempre e vim andando até em casa achando sensacional. Aqui tem dessas coisas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Caso a parte

É realmente um caso a parte conseguir pegar sua instabilidade e por no bolso, como o clima no Rio de Janeiro. E as coisas pequenas, ferem e eu deixo pra lá, como as chuvas fortes no Rio de Janeiro. Só aguardo secar e o verão.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Releu todas as vezes e pensou: foi a última lágrima. Outra realidade de ser feliz.

domingo, 29 de maio de 2011

"Aqui todo mundo fica LOUCO"

Sexta fui assistir a Lado-B. Sabe aquelas produções que você demora a decidir se vale ou não a pena? Então, demorei, mas decidi que vale. Se tem duas coisas realmente difíceis de fazer são boas comédias e boas peças sobre dança sem tornar aquelas horas de exibição massacrantes pro público.

Release rápido: Lado-B trata do backstage do mundo do balé clássico com quatro bailarinas do TMRJ mostrando os sete pecados capitais nas suas mais variadas vertentes inclusos sob a personalidade de cada uma. Tem aquela que a gente chama de 7-8 (que sabe todas as coreografias, todos os lugares, todas as versões); tem a fisicuda que passou da idade, a novinha, cheia de técnica, mas sem nada na cabeça e finalmente aquela que sempre tá ''meio a fim'' (gosta do que faz, mas sempre arranja encontro com o marido, depilação, cabeleireiro e tudo mais que puder no horário do ensaio).

Vale realmente a pena conferir nessas horinhas de espetáculo: A trilha sonora e a montagem que passa por toureiros de DQ, Lago dos Cisnes, Giselle, entre outros. O FISICÃO tão evidenciado durante a montagem de Bettina Dalcanale e finalmente a real morte do cisne interpretada por John Lennon da Silva (que não foi genial nos Beatles, mas é genial no Break Dance). Apesar do roteiro "apressado" por assim dizer, este visivelmente constrói o lado engraçado, enlouquecedor, sujo e dramático da dança.

Além de passar por questões corriqueiras do 'dark side' do balé clássico o diretor ainda se deu o trabalho de fazer um link com alguns pecados como gula, vaidade, luxúria, preguiça, etc. E mostrar o quão eloquente é fazer parte dessa copetição incendiária e, por que não dizer diária de uma companhia profissional.


sábado, 28 de maio de 2011

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Agora sim entendo, o quanto não tinha a ver comigo e o quanto você não tem vergonha. É o fim do caminho?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Preciso não dormir até se consumar o tempo da gente. Preciso conduzir um tempo de te amar, te amando devagar e urgentemente. Pretendo descobrir no último momento um tempo que refaz o que desfez, que recolhe todo sentimento e bota no corpo uma outra vez. Prometo te querer até o amor cair doente, doente... 



Prefiro, então, partir a tempo de poder a gente se desvencilhar da gente. Depois de te perder, te encontro, com certeza, talvez num tempo da delicadeza onde não diremos nada; nada aconteceu. Apenas seguirei.
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ricardo Reis / Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa, põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.

domingo, 15 de maio de 2011

"um gesto pode ser capaz de suprimir todos os seus problemas"
Copie Conforme

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sangue Frio

 "...Com certeza, Kestner, era tempo de eu partir. 
Ontem à noite me ocupei de pensamentos bem "perduráveis"
e dignos de serem "pendurados"...sobre o canapé..."
(Carta de Goethe a Kestner, 11 de novembro de 1772) 


Depois de um tempo você começa a ser frio o suficiente. Ouve, assimila, utiliza o que pode e o resto joga fora. Retira dos tapas, empurrões, joelhadas, toalhadas só o estritamente necessário, só a percentagem que te faz crescer e joga longe a que poderia te desestruturar. Terminar a aula de joelhos e ouvir que a função do maestro é levar o ser humano às quatro estações pra poder extrair dele o máximo de alma possível, faz você deitar a cabeça no travesseiro e sonhar várias vezes com aquela dificuldade e se voltar em torno dela como se nada fosse tão importante. Raiva, felicidade, sofrimento e tesão. São as quatro estações do maestro. Uma em cada toque e incrível como realmente só um toque é necessário. 

Queria poder levar a cada pedaço de homem a sensação de se superar a cada dia, como meus maestros.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Se não for pelo talento, vença pelo esforço. E se tiver talento, trabalhe em dobro.

Seja boa, não boazinha.

A diferença entre vencer e passar por cima é que vencendo você demora mais. Reagir bem ao ouvir instigações virou uma prática corriqueira. A verdade é que chegou a hora de chutar o pau da barraca, se é que eu posso dizer assim. Tem sempre algo me dizendo pra não ser boazinha o suficiente e isso fica se repetindo na minha cabeça dia após dia. É como se eu demorasse a conseguir olhar com desprezo. Hoje me sinto diferente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Take It All with Jools Holland



Voz de 21
Ontem cheguei de viagem e fui correndo pra emergência da Unimed. Passei três horas de vôo respirando pela boca, com 37,7 de febre, exatamente, os ouvidos e a cabeça explodindo. Quando entrei pela porta de trás e a única coisa que eu tinha era uma garganta extremamente irritada, mal consegui falar com a médica de tanta tosse e por isso minha mãe explicou mais ou menos o que estava ocorrendo. Fiquei minutos bêbada de dor de cabeça na sala em observação, fiz aerosol, tomei antiinflamatório e analgésico e segundos depois estava bem. Em questão de quatro horas eu já estava abrindo mais os olhos e respirando melhor. Me lamentei um pouco da vida pra mamãe, contei as novidades do Rio. Respondi uns dois emails pendentes. Até que me dirigi a lanchonete pra tomar um suco, quando notei uma moça nova, sentada que parecia estar sentindo muita dor nos quadris e chorava copiosamente, segura pela mãe.

Quando eu passei bem ao seu lado ela levantou os olhos e disse entre um soluço e outro agarrando o braço da cadeira: Estou perdendo meu filho.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

RIO HARP FESTIVAL

Eu sei que as notícias estão girando em torno do Osama, mas eu vou destacar a que mais me deixou feliz hoje. O Rio de Janeiro vai contar com 60 concertos de harpa do dia primeiro até o dia trinta e um de maio. E é claro que isso inclui estações de metrô, Jóquei Clube, algumas igrejas, Corcovado e por aí vai. Saí do teatro ontem querendo mais e acordei com a notícia de que posso esbarrar na cultura erudita NA RUA. Sensacional (!!!) Espero que meu Instagram registre isso em algum momento do dia.

Pleonasmo

Às vezes durmo como se você estivesse a noite inteira pesando no colchão logo ao meu lado. Quando acordo, você não está. Eu olho no relógio pra saber 'quantas horas faltam até a primeira aula do dia', mas na verdade conto quantas horas faltam pra essa sensação nefasta ir embora. Hoje foi uma manhã como essa. e dói bem fundo no meu peito tudo o que eu não consigo mais derramar. O pior é quando faltam horas demais até que o dia termine. 
Hoje resolvi parar, assim mesmo, como se tivesse um botão. Acompanhei o sol nascendo centímetro após centímetro, desejei que estivessemos na areia naquele momento, desejei meu sorriso (em você, eu digo, aquele..)  logo embaixo de mim entre nosso abraço de encostar o corpo inteiro, de pesar uma na outra como naquelas tardes em que você almoçava e logo ia se encolhendo na cama e acabava bem no meu pescoço até dormir. Posso sentir você respirando. A verdade é que eu sinto demais a sua falta a ponto de dar vontade de pegar o primeiro avião.

Depois que chego em casa, comparo o dia seguinte do "primeiro avião" com os últimos dias em que passei "com você" até antes de colocarmos um ponto nisso e lembro... você simplesmente não estava. Eu estava e você não, exatamente aí doeu o triplo do que já dói dessa distância. Logo fecho os sites de companhias aéreas, cancelo as reservas antigas, abro as janelas do quarto, desligo as luzes e saio pro supermercado como se a manhã já não tivesse sido longa o suficiente.