segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quem não tem cão, caça com gato

Passei três dias viajando e morri de saudade do meu filho, rei, príncipe, lorde, como queiram chamá-lo, ele me recebeu com muitos miados e entrando na minha mala procurando presente, sinceramente.... Esse fofinho foi uma das melhores coisas que me apareceu. Eu sou canceriana, adoro cuidar e aí surgiu essa coisa peluda pra ser só meu, amar só a mim, etc... Essas coisas que eu gosto. Coisas da vida. Ele é grudento, ciumento, fica deprê quando eu viajo.. Não nasceu cachorro por questão de segundos. 

Outra coisa que quero dizer a vocês, que por sinal, não tem nada a ver com o assunto e nem com o título...... Se tiverem oportunidade de assistir a um show da Florence, assistam, ESSA MULHER É FORA DE SÉRIE AO VIVO! E ainda veio a Rox de brinde cantando Bang Bang da Nancy Sinatra pra abrir o festival, claro que me vieram todas as cenas de Kill Bill a cabeça e eu já estava aos berros na pista, me sentindo a própria Beatrix Kiddo em Floripa e vendo o sangue "Tarantinesco" voando por todos os lados. Que dia maravilhoso esse e com pessoas maravilhosas. Reliable people é tudo o que você precisa na vida, falem a verdade... É!

A outra novidade é que essa última semana aqui no Rio estive conversando, lendo, etc e resolvi marcar um horário em um templo budista que se chama Kadampa lá em botafogo. Pra mim é muito claro que eu sou católica por formação, cética por natureza, neurolinguística por confiança e curiosa acima de todas as outras coisas, então decidi que antes de passar o mês em Paris ou Lyon (tô me decidindo ainda) tenho que fechar os pontos. Esse é um deles.... É isso. Ficou pra amanhã depois do trabalho e claro que já tô ansiosa desde hoje, rs.

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Zhora acabou de ficar preso dentro da gaveta, achei que ele fosse quebrar todas as costelas agora. Nesse ponto, acho que ele é bem gato mesmo e não cachorro. Dei uma pausa pra tirar ele lá de dentro pelas patinhas. Cara, um dia eu ainda morro de desespero.

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Hoje, o post, minha posição e porcentagem astrológica e os cigarros mentolados do fim de semana vão pra Giulia in the sky w/ diamonds. Bisous!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eugênia,

Sinta o gole quente do café que eu fiz pra ti tomar. Sinta o gole quente do café que eu fiz pra ti tomar. Te tomar de alegria todo dia. Antes da manhã chegar. Te tomar o tempo livre. Que delícia. Nos teus braços te ficar. Sinta o gosto tão gostoso do namoro. Sina no morro da paixão. Chão não existe quando ama. Nuvem desce. A gente voa. Estrelas. Se essa rua. Se essa rua. Fosse minha. Eu mandava ladrilhar. Todos os dias assim. Todos os dias assim. Daqui pra frente
Todos os nossos
Dias serão mais felizes.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Janeiro foi um mês que me dediquei a escrever mais e fazer isso todos os dias, quando você sai de uma fileira de leituras densas da literatura russa, faz com que você expanda os sentidos mais contemplativos, eu acho. Na época em que eu competia e fazia meditação isso também acontecia com frequência. Você antevê as coisas e aprende a contemplar mais. Pode parecer besteira, mas você passa a ver o verde mais verde, o azul mais azul, entende essas coisas?

O meu espírito geralmente não é contemplativo, eu ando pelas ruas do centro do Rio de Janeiro pensando em tantas coisas que mal escuto um pássaro na soleira ao meu lado ou um acidente de carro na esquina e, de fato, não estou sendo hiperbólica. Sabe quando você se escuta.........: justificar ausência em plebiscito, prazo de recurso, ligar pro cara da tela, chamar diarista, 789,46 na conta, aplicar o salário na poupança-frança, ligar pro gerente, embargo de declaração pra amanhã, cotação do euro, verificar orders, prazos, prazos, prazos... E por aí vai. A única coisa que você ouve, é sua própria cabeça. 

Hemingway já dizia há muito tempo que inteligência é inversamente proporcional a felicidade e, não querendo discordar, mas repaginar o genial integrante da geração perdida, não são os mais inteligentes.... Acho que o que nós perdemos é exatamente meia horinha em casa com o computador ligado só cuspindo as coisas da mente sem muito filtrar ou se dar conta do significado de ''pequenas felicidades''. E aí de repente o livro fica com um cheiro melhor, a árvore mais verde, a praia mais bonita, etc

Isso é tudo consequência de articular o que você sente, afinal... "keep calm and blog on" tinha que, por mais ridículo, fazer algum sentido. Fazia tempo que não expandia esse leque sensorial, desde que deixei de lado o feroz comércio de Antony Robbins e quase esqueci o quanto isso é bom e o quanto acontece naturalmente. Quão prazeroso é aquele momento em que você se esquece dos leões que você tem que matar diariamente? Isso porque os meus, provavelmente, são leõezinhos e se eu errar o tiro, tem alguém por trás pra consertar, eventualmente.

Eu vinha pensando nisso hoje no metrô. Crônica, literatura, não interessa o que você escreva e nem o que você queira com isso. Como uma boa canceriana eu diria que hábitos vem sempre munidos de resultados.


domingo, 22 de janeiro de 2012

Por Zygmunt Bauman

Trinta anos atrás (em O declínio do homem público), Richard Sennett observou o advento de uma "ideologia da intimidade" que "transmuta categorias políticas em psicológicas". Isso nada mais é do que o resultado da substituição de interesses compartilhados por identidades compartilhadas.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A questão é: GANHEI UM GATO. Isso mesmo, quatro patas, olhos azuis, majestoso. Minha terapeuta está com ele há dois anos, mas ele não se adapta com outros animais, só com pessoas e ela tem mais três gatinhos em casa. Alguém, algum dia, iria unir a minha solidão ao meu apreço pelos bichinhos... Pronto. Me deu de presente. É claro que, cuidadosa, eu me desesperei de antemão, disse que passo o dia fora trabalhando e que minha grade esse semestre com oito matérias não vai aliviar meu horário. Bom... Ela disse que ele é muito independente, está acostumado a ficar sozinho quando ela sai pra atender e que isso não é um grande problema. Eu disse que viajo frequentemente e ela se ofereceu para cuidar dele quando precisasse. Fora isso, particularmente, não enxerguei mais nenhum empecilho, abri os braços, o coração, a porta, telei a janela e disse: Vem com a mamãe.

Amanhã vou acordar cedo, comprar uma caminha, uma caixa de areia e todas aquelas coisas que eles precisam. Eu ia exagerar e comprar, inclusive, um guizo pra pendurar no pescoço dele, mas logo desisti, dada a possibilidade de eu nunca mais dormir por causa do barulho. Ele tem dois anos, é adulto e acho que isso vai ser como casar com um homem de 40, cheio de manias e crises relacionadas a lares anteriores. Claro, eu estou tão preocupada que juro estar considerando não ir mais ao show da Rita Lee a noite, só pra ficar com o bicho. Estou ansiosa, eu acho, né, ok, vai passar. 

Ah! Também tem outra coisa, ele já vem com nome e isso é um caso de pesquisa B I Z A R R O porque to achando que deram a ele o nome errado. É Zohá, zorrá, zo..sabe lá como se escreve e significa "Sol" em japonês. Essa é a dúvida. De como escreve e se realmente tem esse significado. Eu não queria esse nome, sabe, queria Monet, afinal tem muito mais a ver comigo ter um gato homenageando um impressionista francês que eu gostava muito na época em que eu pintava (sim, eu pintava todos os quadros do meu antigo apartamento de Salinas, mas esqueçam essa parte). E como o gato tem 2 anos de idade, eu não pretendo mudar o nome dele e deixar o animal vivendo uma grande crise de identidade. Então é isso. Vou assumir o "Zoh/rrá" signifique "sol" ou "asfalto". Ele chega amanhã às nove. Dedos cruzados.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Carnage

A pura realidade é que eu não sei se já fui com um olhar negativo, apesar dele ter tropeçado na adoração quando vi que Polanski escolheu Desplat pra trilha sonora, logo pensei "É AGORA! Não tem como dar errado". Júlia Lemmertz e Kate Winslet, olha... foi pário duro e isso é bom, porque nos faz dar valor a atuação nacional, Deborah Evelyn perdeu de lavada pra Jodie Foster, é claro. Mas, como eu havia dito, não adianta... Não sou conivente com os diretores que eu gosto, foi sim cansativo. Tenho gente na minha timeline que certamente chamaria Carnage de um filme maravilhosamente brilhante por ter um dedo europeu, ou franco-polonês, especificamente. Olha, não sei ser assim. War Horse, por exemplo, assisti um dia desses, é hollywoodianamente belo e não seria genial se a produção tivesse uma mão de outra nacionalidade. Apenas não seria, como Carnage não foi. 

Mas vamos lá, o texto tem pontos altíssimos, citações boníssimas, afinal de contas ninguém que trabalhou ali é desprovido de conhecimento, todo mundo sabe disso. Como eu disse antes, Yasmina Reza redigiu uma comédia francesa, pra que forçar a barra? Essas duas palavrinhas são condicionais e às vezes até demais, como é o caso. Mas é sempre bom ver a coisa sob outra ótica, o que me fez prestar atenção que ter me rendido antes à crítica 'tabloidiana' da maravilha que foi a mesa de lego como cenário da produção teatral brasileira teria 'pegado mal'. A personagem que Yasmina quis passar NUNCA teria uma mesa de lego na sala, Polanski notou isso, é claro. Se quisesse tornar a coisa mais brasileira que colocasse uma mesa de mogno, sei lá! Bom, a gente nunca sabe como o diretor vê a coisa ficar mais divertida. Como eu disse antes, um curta ou média-metragem teria caído bem.
O meu ar tá demorando a gelar ou eu tenho calor e pressa.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

sábado, 7 de janeiro de 2012

Deus da Carnificina

Como vocês bem sabem, janeiro é o mês em que as peças explodem no cenário cultural carioca, ontem fui assistir a Deus da Carnificina no Teatro Leblon e PUTS..... Eu sou fãzassa das críticas sucintas e acho que não há nenhuma outra que se adeque melhor a essa produção que não seja: covardia. 

Eu poderia falar dos elementos de cena muito bem arranjados, da movimentação organizada, iluminação básica, da mesa de lego MARAVILHOSA como cenário e das cores miscigenadas com bom gosto me valendo do tipo das críticas, tabloides, jornais e etc............. Na minha humilde opinião, de mera espectadora, foi uma covardia muito grande colocar um elenco sensacional que compreende Paulo Betti, Julia Lemmertz, Deborah Evelyn e Orã Figueiredo pra levar a cabo o texto massante da trama. Eu não sou tão fã de comédia, por exemplo, mas eu gosto da peculiaridade da comédia parisiense e até francesa em geral, acho que tem seu charme, tem valor social, mas meu amigo..... Eloisa Ribeiro, você não tem minha simpatia como tradutora.

Eu não vou negar que o texto cresce sim durante as duas horas de peça e que dei algumas gargalhadas no passar das linhas (quando o Paulo Betti - por exemplo - SPOILER, NAO LEIA: quer transformar a mãe de um dos seus desafetos em testemunha), mas se tem uma coisa que aprendi a notar com o tempo no teatro brasileiro é que o elenco não faz a peça (no máximo, dá uma ajuda). A original da Yasmina Reza, agradou ao Polanski. Me sinto até imbecil às vezes em dizer que achei o texto cansativo. No geral as comédias francesas de classe média tem uma característica meio cronista mesmo, meio trivial sometimes, ou seja, você tem que ir sabendo o que esperar. Talvez por isso elas sejam boas comédias francesas e não boas comédias brasileiras.  Se é que vocês me entendem. Bom, de qualquer forma, o Polanski deve lançar em 2012 a versão pro cinema dessa grande chatisse que eu vi ontem, com a Kate Winslet e a Jodie Foster.

Eu gosto do Polanski, apesar de pedófilo (e o que eu ia falar não tem nada a ver nem com a atração dele por crianças e nem com a minha admiração), mas não é o tipo do diretor que, por simpatia, eu consigo ser conivente. Como é o Almodóvar pra mim, por exemplo..... Mentira, achei "Má Educação" um filme TRISTE, não consigo ser conivente com nenhum, eu acho.... Em todo caso, o que eu tinha a dizer é que ele tem minha simpatia em épocas como sei lá... 73, 2002 e 2010, por exemplo, mas convenhamos ele é um cara que "flerta com o destrambelhamento total"(CK) como diriam as más línguas. O que esperar?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tem briga de marido e mulher que só metendo a colher

Olha, vou te contar, se um dia eu for parte de um casal chato, que briga em público, por favor, me avisem pra eu me divorciar a tempo de não precisar que uma sobrinha, prima, amiga solte um "EI" dentro do carro pra apartar a chatisse. Casal chato é uó, bora combinar, ajuda a estragar qualquer programa.

A verdade é que quando se é jovem, não há nada que um fone de ouvido não resolva na companhia dessas criaturinhas da natureza que por algum motivo cósmico travaram matrimônio. Quando se é mais velho, como a minha mãe, por exemplo, dá tempo de olhar a paisagem e divagar sobre os benefícios do casal homossexual, da viagem entre amigos, etc. Mal sabe ela.

Bom, pelo menos, hoje eu soltei uma "EPA" pra um casal chato e depois vi meus pais com suas 22 primaveras abraçados em algum momento na Reserva rindo das brincadeiras de sempre. Aliás... De sempre MESMO. Há 20 primaveras participo de algumas.

domingo, 1 de janeiro de 2012

twelve

 Poderia desejar milhões de coisas pra você, mas não é assim que a vida funciona. O que veio antes, vou te contar, teve seu fim - em uma palavra - repleto. De sorrisos, de peixes, de azul, de família, de abrigo, de amigos. Eu considero seu ex, se é que me permite assim dizer, um momento em que as portas se abriram e em que pulei pra dentro. No regrets. The best thing i've ever had. Senti como se não estivesse vendo minha vida passando em frente de barquinho, mas como se ela estivesse bem segura em minha palma, estourando em caga fogo de artifício. É, ele me trouxe todas as formas de encarar as dificuldades de frente e disse: "amadureça", "vire mulher", "trabalhe", "ajude seus pais", "encontre meios pra perseguir os seus objetivos", "conserve suas amizades", "não aposte demais nas pessoas", "continue amando com tudo o que pode", "caia e levante-se", "erre e conserte", "mantenha contato com sua família", "exerça controle sobre seus medos", "aposte e acredite", "cuide da sua saúde". As rédeas - pra você - então...... Bem apertadas. Eis que olho pela janela e seis meses depois de morar nesse apartamento, descubro que dá pra ver o Corcovado da minha cama se eu só deitar com a cabeça pro outro lado, esse foi 01/01/2012 e por isso eu não esperava. Continuar assim, não esperando, só mudando a ótica apenas sabendo que você sempre traz portas, é tudo o que eu preciso e sempre precisei ainda que eu não soubesse. Qual abrir agora? São portas e não mudanças, como o resto das pessoas pensam. Eu digo nos  meus conselhos gratuitos "Change is just and always up to you".

Bonne année!