Wall E é o nono longa-metragem da Pixar dirigido por Andrew Stanton e o primeiro que explode a questão ambiental vizualizando o futuro.
Protagonizando, Wall E (Elevador de Detritos-Classe Terra), faz o trabalho que desestruturou outros como ele há 700 anos, seu trabalho de limpeza tornaria o planeta sustentável novamente à vida. Uma simples peça expositiva da fotossíntese seria o suficiente para trazer de volta a colonização humana à terra que permaneceu centenas de anos em uma nave, Axiom, pairando no espaço.
Esta é uma produção do cinema americano digna de ser vista, como poucos longas cristalizados pelo tempo. A visão de Stanton pôde nos fazer sentir a fraqueza óssea e o excesso de adiposidade em que o modo de produção global nos insere, o mundo dos excessos. Se descobríssemos uma planta ou mesmo Spot, a barata e estivessemos a quilômetros daqui, seria banal?
Infinitas entrelinhas estão marcadas nas emoções que Adam preferiu e conseguiu muito bem aglomerar em apenas dois olhos, diga-se de passagem, cativantes.
É como se cada um flutuasse em sua Axiom particular hoje, não precisa ser expressionismo alemão ou o clássico dos clássicos pra mostrar, se for digno pode ser voltado mesmo ao público infantil, porque infantis mesmo são aqueles que governam o mundo.
"E se a humanidade fosse embora e esquecesse de desligar o último robô?"
Ah! Para nós, verde e amarelos, deixamos uma marquinha na trilha sonora, logo no trailer com Aquarela do Brasil de ninguém menos que Ary Barroso, maravilha.